A Transição Digital no Plano de Recuperação e Resiliência
Por Bruno Silva
A Transição Digital é uma das grandes apostas em termos de inovação para esta década e estão previstos vários investimentos nacionais apoiados por fundos comunitários. Ao nível do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência já é conhecido o valor de 2.460 milhões de euros de investimento na Transição Digital, de um total de investimento que ronda os 16.644 milhões de euros de investimento total no PRR.
Em termos de Transição Digital as 5 componentes fundamentais são as Empresas 4.0 (650 M€), a Qualidade e Sustentabilidade das Finanças Públicas (406 M€), a Justiça Económica e Ambiente de Negócios (267 M€), a Administração Pública mais eficiente (578 M€) e a Escola Digital (559 M€) de um total de 2.460 M€.
Das 5 Componentes de investimento na Transição Digital 1 das componentes é privada e 4 das componentes são estatais, ou seja apenas 20% das componentes dizem respeito à esfera privada que representa 85% do emprego em Portugal, enquanto que 80% das componentes dizem respeito à esfera estatal que representa 15% do emprego em Portugal. Em termos de valores absolutos de investimento 650M€ dizem respeito à esfera privada (26,4%) e 1.810 M€ dizem respeito à esfera estatal (73,6%).
A componente Empresas 4.0 (650 M€) dirigida ao reforço de digitalização das empresas tem como objetivo recuperar o atraso relativamente ao processo de transição digital, permitindo o acesso ao conhecimento e aos meios tecnológicos digitais que promovem várias áreas e competências digitais e existem 3 áreas de investimento (Capacitação Digital das Empresas, Transição Digital nas Empresas e Catalisação da Transição Digital das Empresas).
Em termos de Capacitação Digital nas Empresas (100 M€) está previsto o lançamento da Academia Portugal Digital e o Emprego + Digital 2025 que prevê atingir 800 mil formandos com diagnósticos de competências digitais, planos de formação individual e acessos a formação online, dos quais 200 mil formandos vão frequentar formações presenciais ou em regime misto.
Ao nível da Transição Digital das Empresas (450 M€) está previsto o apoio a mais de 50 mil PME’s, a constituição de 50 bairros de comércio digital, 10 aceleradoras digitais, o apoio à criação de 30 Test-Beds (plataformas de testes), 4 mil empresas com formação teórica e consultoria focada na Indústria 4.0, e 3 mil vouchers para start-ups.
Ao nível da Catalisação da Transição Digital das Empresas (100 M€) estão previstos vários objetivos onde se inserem 4 mil empresas impactadas pela disseminação das tecnologias chave que irão complementar as integradas nos Hubs Europeus da DEP – Digital Europe Programme, 250 mil utilizadores de faturas eletrónicas em formato digital e também 15 mil certificações ao nível de Selos de Certificações de Cibersegurança, Privacidade, Usabilidade e Sustentabilidade.
Infelizmente, ainda não estão previstas as datas de lançamento destas medidas e de abertura das candidaturas ao investimento, as condições de elegibilidade dos candidatos, os critérios de mérito dos projetos e o prazo de execução das várias tipologias de investimento.
Bruno Silva
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# Coach, Consultor, Formador e E-Formador, desde 2009, em projectos financiados e não financiados como é o caso de projectos conjuntos formação – acção (AEP, IAPMEI, CAP, AIP, CTP, CCP), projectos individuais SI Qualificação / Inovação / Internacionalização (QREN e P2020), Empreendedorismo no Feminino (CIG), Cursos de Especialização Tecnológica, Formações Modulares e de Vida Activa, entre outro tipo de projectos, na InnovMark, colaborando em parceria com Instituições de Ensino Superior, Associações Empresariais e de Desenvolvimento Regional, Entidades de Consultoria e de Formação Profissional DGERT.
# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.
# Fundador e Responsável de Marketing (Community Manager), desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 90.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.
# Cronista desde 2006 no Portal Inovação & Marketing, Revista Inovar-te, Portal AEP, Revista Brasileira de Administração, Revista Farmácia Distribuição, E-Go-Marketing, Revista Portugal Inovador (Jornal Público), RTP2, Marketing Farmacêutico e Revista SPOT.
# Fundador e Responsável de Marketing (Community Manager), desde 2013, do “Dish Mob Portugal“, movimento cívico que promove o espírito “Dish Mob”, sendo um movimento nacional importante na promoção do networking e de aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo de base local, com cerca de 40 eventos realizados a nível nacional.
Licenciado em Gestão (Pré-Bolonha) (Univ. Minho – 2004), Pós-Graduação em Marketing (IPAM – 2006), Mestrado (Parte Curricular) em Gestão da Inovação, Tecnologia e Conhecimento (Univ. Aveiro – 2007) e Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica (Univ. Aveiro – 2007)
Experiência nas seguintes temáticas: Gestão de Empresas, Inovação, Empreendedorismo, Marketing, Vendas, Comunicação de Marketing, Marketing Digital, Marketing em Social Media, Marketing Inovador, Internacionalização, Marketing Internacional, Negócios Internacionais, Recursos Humanos, Coaching Comercial, Coaching a Empreendedores e a Executivos.